Trauma e Violência
Projeto de Atenção Nacional ao Trauma
1) Introdução
O trauma é a principal causa de óbito nas primeiras 4 décadas de vida e representa um enorme e crescente desafio ao País em termos sociais e econômicos. Os acidentes e as violências no Brasil configuram um problema de saúde pública de grande magnitude e transcendência, que tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da população.
Somos 180 milhões de brasileiros, sujeitos diariamente, por inúmeros motivos, a toda espécie de traumas. Em 2004, foram computadas cerca de 150 mil mortes decorrentes de traumatismos e estimativas indicam ao redor de 800000 internações anuais (apenas nos hospitais públicos). Apenas na cidade de São Paulo, o Resgate e o SAMU responderam a 30000 chamados decorrentes de algum evento relacionado a trauma. Os custos econômicos envolvidos superam 9 bilhões anualmente. Estamos lidando com um problema de saúde pública e desta forma devemos enfrentar e propor soluções. Para tal, passaremos a um estudo crítico dos resultados encontrados frente a situação atual para que efetivamente sejam efetuadas propostas que possam contribuir de facto para promovermos uma melhor qualidade de vida.
Diagnóstico atual
O sistema assistencial atualmente existente no Brasil, no que tange ao doente traumatizado, não atende a demanda de forma satisfatória, sendo fundamental que ele seja analisado e reestruturado. O atendimento ao doente traumatizado tem quatro componentes, o atendimento pré-hospitalar, o atendimento hospitalar, a reabilitação e a prevenção, que devem ter uma relação íntima, recíproca e extremamente monitorada.
Embora tenhamos avançado em vários aspectos destes componentes, é necessário termos uma visão clara da situação atual, para podermos dar o passo seguinte.
Existem inúmeros aspectos que dificultam o fluxo ideal do atendimento do doente traumatizado através do sistema atualmente vigente, destacando-se aqui alguns:
Serviços de Resgate, prestados por Bombeiros, que funcionam dentro de uma lógica de despacho, sem regulação médica. Proliferaram pela insuficiência histórica da área da saúde neste tipo de atuação.
Duplicidade de acesso ao sistema de atendimento pré-hospitalar
Conjunto de referências e contra-referências subdimensionadas e deficientes, pouco claras e freqüentemente desrespeitadas. Distribuição inadequada da oferta de serviços de urgência, agravada na medida em que se caminha para o interior do País. Os leitos de terapia intensiva são disputados pela urgência com o restante dos serviços hospitalares, como por exemplo, os pós operatórios de cirurgias eletivas.
Leia mais: http://www.uff.br/ph/
O trauma é a principal causa de óbito nas primeiras 4 décadas de vida e representa um enorme e crescente desafio ao País em termos sociais e econômicos. Os acidentes e as violências no Brasil configuram um problema de saúde pública de grande magnitude e transcendência, que tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da população.
Somos 180 milhões de brasileiros, sujeitos diariamente, por inúmeros motivos, a toda espécie de traumas. Em 2004, foram computadas cerca de 150 mil mortes decorrentes de traumatismos e estimativas indicam ao redor de 800000 internações anuais (apenas nos hospitais públicos). Apenas na cidade de São Paulo, o Resgate e o SAMU responderam a 30000 chamados decorrentes de algum evento relacionado a trauma. Os custos econômicos envolvidos superam 9 bilhões anualmente. Estamos lidando com um problema de saúde pública e desta forma devemos enfrentar e propor soluções. Para tal, passaremos a um estudo crítico dos resultados encontrados frente a situação atual para que efetivamente sejam efetuadas propostas que possam contribuir de facto para promovermos uma melhor qualidade de vida.
Diagnóstico atual
O sistema assistencial atualmente existente no Brasil, no que tange ao doente traumatizado, não atende a demanda de forma satisfatória, sendo fundamental que ele seja analisado e reestruturado. O atendimento ao doente traumatizado tem quatro componentes, o atendimento pré-hospitalar, o atendimento hospitalar, a reabilitação e a prevenção, que devem ter uma relação íntima, recíproca e extremamente monitorada.
Embora tenhamos avançado em vários aspectos destes componentes, é necessário termos uma visão clara da situação atual, para podermos dar o passo seguinte.
Existem inúmeros aspectos que dificultam o fluxo ideal do atendimento do doente traumatizado através do sistema atualmente vigente, destacando-se aqui alguns:
Serviços de Resgate, prestados por Bombeiros, que funcionam dentro de uma lógica de despacho, sem regulação médica. Proliferaram pela insuficiência histórica da área da saúde neste tipo de atuação.
Duplicidade de acesso ao sistema de atendimento pré-hospitalar
Conjunto de referências e contra-referências subdimensionadas e deficientes, pouco claras e freqüentemente desrespeitadas. Distribuição inadequada da oferta de serviços de urgência, agravada na medida em que se caminha para o interior do País. Os leitos de terapia intensiva são disputados pela urgência com o restante dos serviços hospitalares, como por exemplo, os pós operatórios de cirurgias eletivas.
Leia mais: http://www.uff.br/ph/